segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A dor e a vingança

O desespero rodeava o Rio de janeiro na tarde de 26 de novembro de 2010. Luxo e Lixo. Luxo para a elite que se sentia aliviada. O tráfico e o crime que assolava a zona Oeste da grande cidade que cresceu desordenada do Lixo estendia-se pela zon Sul, Norte, Leste e começou a incomodar o Luxo. O que seria de nós sem estes dois vocábulo. Sem Luxo não teríamos o grande Lixo provocado pelas desigualdades sociais e pela falta de cooperativismo. Sem o Lixo não teríamos o Luxo de vermos nossos irmão-lixo luxando confortavelmente em mansões sem se quer se protegerem ( como nós em casas e apartamentos simples como vidros blindados, grades de ferro, portões de madeiras artesanais escondidos por trás de grades de ferro} para assim fazerem novos Lixos. Só que o novo Lixo agora não deixa inocentes estudarem nem desfrutarem de uma vida normal.São escudos do Luxo-bandido paracomercializarem drogas e verdadeiros assenais de armas, sem direitos que lhes são permitidos por leis...,para viverem fora da lei. Mães e pais que derramam lágrimas de sangue ao terem que entregar seus filhos ao mundo do tráfico-Lixo por falta de opção. Bendita Copa de 2014. O Lixo se prepara para receber o Luxo e acumula munições de drogas e armas e o Luxo procupado para receber o Luxo porém incomodado pelo Luxo-lixo forte em armamento que equiparia melhor nossa polícia e certamente tomaria conta da cidade se assim não fossem surpreendidos pelo Luxo e pela solidariedade do Lixo oprimido no amontoado de casas, casebres e manções do Luxo-lixo. Chegou a hora dá um ponto final. Aparentemente!!!... A demolição das favelas, a reorganização da cidade e projetos educacionas, assistenciais e habitacionais provalvemente faria valer os direitos de cidadania. E, assim por dizer . Pega o instrumento musical meu irmão! Que agora quero cantar.


Quem vai nascer fique atento

A coisa pode mudar

A vida é mesmo um tormento

Para quem quer trabalhar

Falta comida na mesa

Dinheiro para comprar

Criança que nasce falando

Agora não querem nem podem falar

Tem medo de olhar-se no espelho

Espelho pode quebrar

A desnutrição toma conta

Do pobre em qualquer lugar

Vivem brincando com armas

Armas que podem matar

Não teem escola onde mora

Nem livros para estudar

Vivem com o solado do pé

Raxado de tanto vagar

Pedem dinheiro na esquina

Tentando se ajeitar

Mas logo vem traficantes

Tentando lhes enganar

Vai na escola do Luxo!

E vende a droga pra mim

Vou ajudar sua família

E o Lixo já terá fim

Sou teu tio! vê logo

Leve aqui pra sua mãe

Coloca dinheiro no bolso

E vende isto pra mim

Não deixa de aparecer!

Esse é o ponto de encontro

Diz a mamãe que trabalha

Como flanelinha de carro.

Agora o que faço irmão?!

A vida tem novo fim

A guerra que fui envolvido

Envolvo novos pra mim

Preciso que VOCÊ meu PAI

Tire-me pra perto de TI

Não quero vê minha nova família

Neste caminho sem fim.


De autoria de Jorgedina em conflito e incerteza do que será de nosso irmãos após a Copa.

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